Monumental- O "Gigante" dos anos 50

O Monumental e o seu nome diz tudo: grandeza, imensidão, colossal...um enorme ponto de referência de Lisboa, mais concretamente na Praça do Saldanha, onde existiu durante largos anos.

Cinema Império - Outro "Gigante" Lisboeta

Em Maio de 1952, seria inaugurado o Cinema Império, localizado na Alameda D. Afonso Henriques, que contou com as presenças de diversas individualidades importantes da altura.

EDEN - O "GIGANTE" dos Restauradores

O novo Éden Teatro foi inaugurado em 1937 com a apresentação da peça "Bocage", interpretada pelo actor Estevão Amarante, numa cerimónia memóravel presidida pelo Chefe de Estado, o Marechal Carmona.

Cinema Vale Formoso: Para quando a sua reabilitação?

Entre as décadas de 1950 e 1970, este cinema (a par de outros como o Júlio Dinis, Terço, Passos Manuel, etc.) foi considerado como uma das salas de referência da cidade do Porto, tendo sido explorado pela Lusomundo.

Águia De Ouro - Clássico do Porto

Em 1930 viria a inaugurar-se o cinema sonoro com o filme All That Jazz com Al Jolson. O Águia d'Ouro seria então considerada uma das melhores salas do Porto.

11.8.20

Cinema Zodíaco - uma pequena sala lisboeta

No seguimento do aparecimento de pequenas novas salas de cinema em Lisboa, incorporadas em edificios de habitação, foi inaugurado no dia 23 de março de 1979, na Rua Conde Redondo, n.º 5, o Cinema Zodíaco.

À semelhança de outras salas, este cinema situava-se numa cave de um prédio de habitação, com entrada no rés-do-chão. As pessoas entravam para um átrio ao nível da rua, descendo em seguida para a sala, através de uma escadaria misteriosa. Foi um pequeno espaço cinematográfico que aproveitou uma cave e que estava pensado para uma lotação de 400 espectadores, desembocando num modelo íntimo, mas nem sempre rentável.


Como referiu o Diário de Lisboa de 23 de março de 1979, este cinema era confortável e possuía um ambiente agradável, feito a pensar nos espectadores. O filme de estreia foi "Graças a Deus é Sexta-feira", um filme sobre a febre disco e que estrelava a cantora Donna Summer.


Contudo, o defunto matutino Diário de Lisboa, de 29 de março de 1979, teceu duras críticas ao cinema inaugurado uma semana antes, bem como à escolha do filme para tal evento.
O crítico de cinema Jorge Leitão Ramos, começa o seu texto por dizer que a nova sala: "(...) é agradável e com suficiente conforto (se bem que o seu formato não seja famoso)".
 
Depois crítica veemente o critério de programação deste cinema, deduzindo que: "(...) que será mais uma sala destinada a canalizar o cinema americano e a de que os factores comerciais constituem um dos fulcros de actuação". Daí justificar a inauguração deste cinema com a exibição de um filme mediocre como "Graças a Deus é Sexta-feira".


Bilhete de 1984 (cortesia de Óscar Casaleiro - blogue "Museu dos Cinemas")

Programa de 1979 (cortesia de Óscar Casaleiro - blogue "Museu dos Cinemas")

Programa de 1979 (cortesia de Óscar Casaleiro - blogue "Museu dos Cinemas")


Pouco ou nada sei sobre este cinema, para além da sua inauguração. A edição de 31 de dezembro de 1986 do Diário de Lisboa, contém a menção de que este cinema encontrava-se a exibir permanentemente filmes indianos. Agradece-se informação sobre o ano de encerramento deste cinema.


Actualmente, este espaço foi transformado no The Leaf Boutique Hotel, depois de muitos anos devoluto.



Fontes:

ACCIAIUOLI, Margarida, Os Cinemas de Lisboa – Um fenómeno urbano do século XX, Lisboa, Editorial Bizâncio, 2012
https://museudoscinemas.wordpress.com/2023/09/26/os-bilhetes-de-cinema-cinema-zodiaco-do-inferno-a-vitoria/
Diário de Lisboa, de 23 de março de1979 - http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06830.180.28401#!19
Diário de Lisboa, de 29 de março de1979 - http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06830.180.28406#!18
Diário de Lisboa, de 31 de dezembro de 1986 - http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06882.199.30736#!21