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9.11.13

Cinemas do Paraíso: Açores, parte II




Depois da visita feita ao Teatro Micaelense na Ilha de São Miguel, regresso ao arquipélago dos Açores para visitar o Teatro Faialense, localizado na Ilha do Faial.
A história do Teatro Faialense (Alameda Barão de Roches, n.º 31) inicia-se em 1852, onde num granel (propriedade do advogado João de Bettencourt de Vasconcellos Corrêa e Ávila) funcionava um pequeno teatro de seu nome Tália, que na altura gozava de um  enorme sucesso de público. Pode se dizer que foi este advogado, uma pessoa culta e enamorada do teatro, que planeou o Teatro União Faialense.
Em 1854 foram derrubadas as velhas paredes do granel para, no seu lugar, ser construído um novo edifício que seria inaugurado em 1856 com a designação de Teatro União Faialense.
No Verão de 1880 João Francisco de Eça Leal chegou à cidade da Horta, onde fez representar 17 das suas peças (desde dramas a comédias) que promoveram um aumento da dinâmica teatral na cidade. A sua influência notou-se na remodelação e inovação dos cenários, maquinismos e na própria arte da representação.
Nesta fase, o Teatro União Faialense encontrava-se em mau estado e em necessidade urgente de obras, o que levou a que José de Bettencourt de Vasconcellos Corrêa e Ávila Jr. efectuasse a remodelação do mesmo. Tudo foi refeito, desde os camarins passando pelo cadeirado para plateia, pintura total (incluindo o tecto da sala de espectáculo), alguns cenários, substituição do pano de boca, etc. Em 1884, o teatro reabriria as suas portas ao público faialense.
Com o tempo este espaço tornou-se pequeno e deficiente, obrigando José de Bettencourt de Vasconcellos Corrêa e Ávila Jr. a demoli-lo e a reconstruir (com o seu próprio dinheiro) um novo teatro que designou de Teatro Fayalense, inaugurado em 1916. Em 1933 foi exibido o primeiro filme sonoro neste teatro, depois das transformações necessárias para o efeito. João de Bettencourt de Vasconcellos Corrêa e Ávila resolveu montar uma nova aparelhagem com o auxilio do seu primo, Eng.º Max Korsepius, também inaugurada no mesmo ano. 
Durante a administração de João de Bettencourt de Vasconcellos Corrêa e Ávila foi inaugurado o Cinemascope em 1959, como também foram realizados importantes melhoramentos na zona norte do teatro, nomeadamente a substituição do cadeiral da plateia em 1975.


Entre 1976 e 1988, a exploração deste espaço esteve a cargo de empresários privados, tendo em 1991 comemorado os seus 75 anos de existência. 
Mais tarde, este teatro foi adquirido pela Câmara Municipal da Horta. Os moldes da sua aquisição municipal e a sua respectiva recuperação foram motivo para acesas discussões politicas na década de 1990, o que não dignificou nenhum dos seus intervenientes, atrasando o processo de recuperação e causando custos sociais e económicos para toda a ilha.
Este teatro foi renovado, tendo sido construída também a actual caixa de palco. Em 2003 a Câmara Municipal entregou a gestão deste teatro à empresa Hortaludus.
Actualmente, o Teatro Faialense é composto por um Cine-Teatro, Auditório, Sala Polivalente e Bar, onde se realizam os mais diversos eventos, proporcionando assim uma grande oferta cultural. O Cine-Teatro tem capacidade para 350 lugares e o Auditório para 73 lugares.







Fonte:
https://www.facebook.com/pages/Teatro-Faialense/382416905129509?sk=info
http://largodoinfante.blogspot.pt/
http://atelierestrelicia.blogspot.pt/
http://www.azorescongresses.com/?
lop=conteudo&op=98dce83da57b0395e163467c9dae521b&id=fc221309746013ac554571fbd180e1c8
http://citizengrave.blogspot.pt/2012/10/cinemas-teatros-e-cine-teatros-2.html
http://geocrusoe.blogspot.pt/2008/01/estruturas-e-instituies-culturais-no.html

2 comentários:

  1. Cara Cristina Tomé

    Parabéns pela mudança de visual do seu blog.

    Tema muito bonito com excelente apresentação gráfica.

    Cumprimentos

    José Leite

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  2. Caro José Leite

    Mais uma vez agradeço a sua simpatia para com o meu blogue. É sempre bom saber que os cibernautas gostam de perder tempo neste cantinho recheado de recordações.
    Espero continuar a cativá-lo com as inúmeras visitas ao passado que ainda tenho de fazer, de modo a poder mostrar as belíssimas salas de cinema que nós tivemos neste país.

    Cumprimentos

    Cristina Tomé

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