Desta vez a minha visita ao passado vai recair num teatro que marcou indelevelmente a cidade ribatejana de Santarém e que, actualmente, encontra-se entregue ao abandono e sem qualquer perspectiva de recuperação. Estou a falar do Teatro Rosa Damasceno.
Este edifício histórico localiza-se na Rua Conselheiro Figueiredo Leal e foi a primeira sala de espectáculos de Santarém, construída entre 1887 e 1884 sobre as ruínas da antiga Igreja de São Martinho.
Esta construção aconteceu por iniciativa do Clube Santarém, que encetou uma subscrição pública na cidade, emitindo, para o efeito, acções do Teatro de Santarém. O seu projecto de arquitectura teve como responsável o Arq.º José Luís Monteiro, que o modelou de acordo com outra obra da sua autoria: o Teatro Ginásio Club em Lisboa. O edifício foi construído com toques românticos, imperando na fachada uma linguagem marcadamente clássica.
Esta construção aconteceu por iniciativa do Clube Santarém, que encetou uma subscrição pública na cidade, emitindo, para o efeito, acções do Teatro de Santarém. O seu projecto de arquitectura teve como responsável o Arq.º José Luís Monteiro, que o modelou de acordo com outra obra da sua autoria: o Teatro Ginásio Club em Lisboa. O edifício foi construído com toques românticos, imperando na fachada uma linguagem marcadamente clássica.
Na altura, a sala era designada de "Teatro de Santarém", mas uma actuação arrebatadora da actriz Rosa Damasceno em 1894 fez com que a direcção do Clube de Santarém mudasse o nome do teatro, substituindo-o pelo nome da referida actriz.
Em 1937 iniciou-se a remodelação deste edifício, de modo a que pudesse adequar-se às necessidades técnicas do cinema, bem como à estética da época. Este projecto foi da responsabilidade do Arq.º Amílcar da Silva Pinto, que desenvolvia muitas obras na cidade ribatejana, tendo a obra sido adjudicada à firma de construtores de João Lopes e Justo Silva.
Em 1937 iniciou-se a remodelação deste edifício, de modo a que pudesse adequar-se às necessidades técnicas do cinema, bem como à estética da época. Este projecto foi da responsabilidade do Arq.º Amílcar da Silva Pinto, que desenvolvia muitas obras na cidade ribatejana, tendo a obra sido adjudicada à firma de construtores de João Lopes e Justo Silva.
Este projecto bebia a sua inspiração no Éden Teatro de Lisboa, especialmente nos camarotes em consola e na disposição dos dois foyers. Também notava-se a influência do Cinema Tivoli, nomeadamente na decoração interior, como também na disposição das escadas de acesso aos balcões.
Esta remodelação consistiu numa transformação radical do espaço anterior, tendo todo o seu interior sido demolido, sendo somente reaproveitadas algumas paredes mestras. A reconstrução do edifício implicou novas fundações construídas em alvenaria hidráulica, sendo utilizados materiais como o betão, metal e outros elementos construtivos incombustiveis. Também foram utilizados outros materiais como mármore, grés, madeira e alvenaria hidráulica.
O novo espaço adaptava-se perfeitamente à sua função teatral como também cinematográfica, mas esta ultima prevalecia e isso notava-se no recorte e desenho da sala. Neste novo espaço a plateia expandiu-se à custa de dois terços do palco, ganhando na comodidade e acústica.
Porém, a imaginação estética de Amílcar Pinto encontra-se no desenho da configuração interior. O primeiro balcão, fazendo uso da utilização do betão armado, assentou num plano inclinado de vigas, que partiam do segundo foyer para o fim do primeiro, cobrindo na sua extensão cerca de um terço da sua plateia. No final deste plano quadrangular, surgiam duas alas de camarotes construídas em consola, criando a ilusão de que o tecto da plateia continuava lateralmente. O segundo balcão (ao qual se acedia pela porta exterior ao corpo central do edifício) foi construído num plano inclinado sobre primeiro, ao nível do tecto do segundo foyer. Desta forma duas abas laterais se abriam, cobrindo até metade os camarotes do balcão inferior.
Neste projecto arquitectónico, era possível observar a segregação social da época no acesso aos espaços mais privilegiados. O primeiro balcão estava reservado somente às elites burguesas, que tinham acesso ao mesmo através dos foyers. A pequena burguesia tinha acesso ao segundo balcão, enquanto que os restantes espectadores frequentavam a geral.
O corpo central deste espaço (por onde se poderia aceder ao primeiro balcão) era composto por dois foyers que organizavam o espaço. O primeiro foyer era constituído por um hall vestibular (que acedia aos gabinetes da direcção e da administração e que aproveitavam o nicho criado pela estrutura do primeiro balcão) de acesso à sala e um bar. O segundo foyer acedia à cabine de projecção, construída da mesma forma que os referidos gabinetes. O acesso aos vestibulos do primeiro balcão fazia-se por duas escadas laterais, com pavimento em parquet e acabamentos em madeira.
A plateia possuía igualmente uma zona vestibular, acedida através do átrio entre as duas bilheteiras, por meio de portas basculantes. O pavimento do chão era em mármore e o vasto hall de entrada dava acesso aos sanitários e ao bar. O betão utilizado nesta construção não era visível porque se encontrava revestido com pintura de areia. Todo o edifício fora concebido para ser incombustível (conforme as regras de segurança pública da época), daí a utilização de betão armado, como também a cuidada localização das bocas-de-incêndio e das saídas de emergência.
A fachada é dominada pela curva dinâmica do cilindro central, denominada de bowwindow. Esse cilindro (que reforça a verticalidade assumida pelas linhas do conjunto) tem no seu topo, em letras metálicas, a designação "TEATRO ROSA DAMASCENO". A marquise central avança sobre uma pala em betão, que se estende até aos limites do arruamento. Assim o átrio exterior fica dotado de uma espécie de alpendre que alberga as bilheteiras. A fachada é constituída por cinco janelões modelados a partir do cilindro central e paralelos a este. Foram elaborados em chapa de vidro e decorados com recortes metálicos com padrões geométricos.
O amplo vestíbulo da plateia, que se encontrava no hall de entrada do cine-teatro, era iluminado naturalmente e por neóns discretos. A luz incidia sobre o pavimento da entrada em mármore e, no centro, surgiam estilizadas as iniciais do cine-teatro (TRD) num desenho elegante. O mármore prolongava-se no hall de acesso aos sanitários onde, no centro, se encontrava uma pequena abóbada com um ressalto circular, escondendo uma iluminação difusa. O bar do piso térreo dispunha-se num design característico da época, visível na decoração em madeira dos frisos do balcão e na disposição do mobiliário. Ambas as escadas laterais acediam aos foyers e foram pavimentadas em dois tons de parquet. Ao longo da escadaria surgia um rodapé simples em madeira que prosseguia para os foyers. A plateia possuía cadeiras em madeira que foram substituídas por cadeiras estufadas na década de 1960.
O interior da sala e os recortes do primeiro e segundo balcão transmitiam ao espaço uma harmonia volumétrica. A contemplação do plano inclinado, do primeiro balcão (que terminava em duas consolas) e da ondulação sucessiva dos remates das duas varandas laterais do segundo balcão só poderia ser feita junto ao palco.
Ambos os foyers tinham uma decoração sóbria e elegante e as patines do chão pavimentado jogavam com luz, com a sua ausência e com a disposição do mobiliário. No primeiro foyer funcionava um bar destinado às elites. As mesas, feitas em madeira e ferro, moldavam suavemente o ambiente desse espaço vestibular. Existiam outros efeitos decorativos realizados através do mobiliário. Salienta-se que o palco neste novo projecto foi reduzido para proveito da plateia, não hipotecando, porém, as suas funções teatrais e adaptando-se perfeitamente ao écran de cinema.
Acrescente-se que todo o mobiliário e decoração foram da responsabilidade do Arqt.º Amílcar Pinto. A sua lotação previa acomodar 1400 espectadores, divididos pela plateia, 2 ordens de balcões, camarotes e frisas.
A nova sala foi inaugurada em 1938 e na época a revista "Arquitectura Portuguesa" classificou-a como uma obra perfeita, relativamente às suas funções cinematográficas e teatrais, como também do ponto de vista acústico. Na construção de um cinema, ou cine-teatro, a disposição da sala e a sua orientação em relação ao público, assumia-se claramente, como o centro de toda a actividade arquitectónica, equilibrando exigências de espaço, soluções técnicas e valores estéticos.
Muitos autores consideram este edifício um exemplo do "modernismo radical", influenciado pela corrente holandesa De Stijl, sendo a fachada dominada pela curva dinâmica do cilindro central que impõe uma nova verticalidade ao edifício. A Arte Deco encontra-se patente nos pormenores estruturais e decorativos da fachada e da decoração de interiores, nomeadamente na modelação dos estuques no interior da sala de projecção; no revestimento inferior dos camarotes e frisos, que sugeria o movimento ritmado de ondas; no projecto de iluminação, que empregava vidros opalinos modelando a luz das lâmpadas de néon, estrategicamente colocadas pela sala.
Com cara lavada e corpo reconstruído, o público (que vinha de vilas próximas e até mesmo de Lisboa) acorria a este espaço para sobretudo ver teatro de revista. A partir da década de 1940, passaram por ali grandes nomes do teatro português, como também estrearam-se filmes influenciados pela ditadura, como por exemplo Um Homem do Ribatejo de Henrique Campos.
Este espaço foi um ponto de encontro de muitas gerações escalabitanas e as suas paredes ruinosas guardam memórias da história da cidade, como também dos seus habitantes. Também serviu de espaço para as campanhas eleitorais de Norton de Matos e de Humberto Delgado, para além de albergar as conspirações contra a ditadura.
Em 1992, este espaço foi classificado de Imóvel de Interesse Público, deixando de funcionar definitivamente em 1999. No entanto, foi utilizado extraordinariamente em 2001 para albergar um concerto de Maria João e Mário Laginha.
Em 2004, o Clube de Santarém cedeu o edifício a um empreiteiro em troca de lotes de terreno no concelho vizinho de Almeirim, decisão esta que foi contestada pela Câmara Municipal de Santarém e que se encontra a aguardar decisão judicial...ainda.
No entanto em 2007 o espaço ardeu parcialmente durante algumas horas, o que arruinou definitivamente a sua decoração interior. Contudo a sua estrutura em betão, como também a fachada mantém-se impávidas perante a população, à espera de uma recuperação merecida e digna.
Logo a seguir a este lamentável acontecimento, o Movimento de Cidadãos "Santarém 21" manifestou perante as entidades responsáveis a sua indignação, devido à não-implementação de medidas que impossibilitassem a entrada de intrusos no teatro, um edifício considerado de interesse público, de modo a evitar a sua destruição. Na opinião deste grupo, era necessário tomar medidas urgentes para salvaguardar as estruturas do edifício que resistiram ao incêndio, de modo a possibilitar a reconstrução do mesmo.
O mesmo movimento lamentou que este teatro, possuidor de um passado cultural riquíssimo junto da população de Santarém e localizado numa zona nobre do centro histórico da cidade, tenha chegado a um triste estado de abandono e sem qualquer perspectiva de recuperação.
Fonte:Esta remodelação consistiu numa transformação radical do espaço anterior, tendo todo o seu interior sido demolido, sendo somente reaproveitadas algumas paredes mestras. A reconstrução do edifício implicou novas fundações construídas em alvenaria hidráulica, sendo utilizados materiais como o betão, metal e outros elementos construtivos incombustiveis. Também foram utilizados outros materiais como mármore, grés, madeira e alvenaria hidráulica.
O novo espaço adaptava-se perfeitamente à sua função teatral como também cinematográfica, mas esta ultima prevalecia e isso notava-se no recorte e desenho da sala. Neste novo espaço a plateia expandiu-se à custa de dois terços do palco, ganhando na comodidade e acústica.
Porém, a imaginação estética de Amílcar Pinto encontra-se no desenho da configuração interior. O primeiro balcão, fazendo uso da utilização do betão armado, assentou num plano inclinado de vigas, que partiam do segundo foyer para o fim do primeiro, cobrindo na sua extensão cerca de um terço da sua plateia. No final deste plano quadrangular, surgiam duas alas de camarotes construídas em consola, criando a ilusão de que o tecto da plateia continuava lateralmente. O segundo balcão (ao qual se acedia pela porta exterior ao corpo central do edifício) foi construído num plano inclinado sobre primeiro, ao nível do tecto do segundo foyer. Desta forma duas abas laterais se abriam, cobrindo até metade os camarotes do balcão inferior.
Neste projecto arquitectónico, era possível observar a segregação social da época no acesso aos espaços mais privilegiados. O primeiro balcão estava reservado somente às elites burguesas, que tinham acesso ao mesmo através dos foyers. A pequena burguesia tinha acesso ao segundo balcão, enquanto que os restantes espectadores frequentavam a geral.
O corpo central deste espaço (por onde se poderia aceder ao primeiro balcão) era composto por dois foyers que organizavam o espaço. O primeiro foyer era constituído por um hall vestibular (que acedia aos gabinetes da direcção e da administração e que aproveitavam o nicho criado pela estrutura do primeiro balcão) de acesso à sala e um bar. O segundo foyer acedia à cabine de projecção, construída da mesma forma que os referidos gabinetes. O acesso aos vestibulos do primeiro balcão fazia-se por duas escadas laterais, com pavimento em parquet e acabamentos em madeira.
A plateia possuía igualmente uma zona vestibular, acedida através do átrio entre as duas bilheteiras, por meio de portas basculantes. O pavimento do chão era em mármore e o vasto hall de entrada dava acesso aos sanitários e ao bar. O betão utilizado nesta construção não era visível porque se encontrava revestido com pintura de areia. Todo o edifício fora concebido para ser incombustível (conforme as regras de segurança pública da época), daí a utilização de betão armado, como também a cuidada localização das bocas-de-incêndio e das saídas de emergência.
A fachada é dominada pela curva dinâmica do cilindro central, denominada de bowwindow. Esse cilindro (que reforça a verticalidade assumida pelas linhas do conjunto) tem no seu topo, em letras metálicas, a designação "TEATRO ROSA DAMASCENO". A marquise central avança sobre uma pala em betão, que se estende até aos limites do arruamento. Assim o átrio exterior fica dotado de uma espécie de alpendre que alberga as bilheteiras. A fachada é constituída por cinco janelões modelados a partir do cilindro central e paralelos a este. Foram elaborados em chapa de vidro e decorados com recortes metálicos com padrões geométricos.
O amplo vestíbulo da plateia, que se encontrava no hall de entrada do cine-teatro, era iluminado naturalmente e por neóns discretos. A luz incidia sobre o pavimento da entrada em mármore e, no centro, surgiam estilizadas as iniciais do cine-teatro (TRD) num desenho elegante. O mármore prolongava-se no hall de acesso aos sanitários onde, no centro, se encontrava uma pequena abóbada com um ressalto circular, escondendo uma iluminação difusa. O bar do piso térreo dispunha-se num design característico da época, visível na decoração em madeira dos frisos do balcão e na disposição do mobiliário. Ambas as escadas laterais acediam aos foyers e foram pavimentadas em dois tons de parquet. Ao longo da escadaria surgia um rodapé simples em madeira que prosseguia para os foyers. A plateia possuía cadeiras em madeira que foram substituídas por cadeiras estufadas na década de 1960.
O interior da sala e os recortes do primeiro e segundo balcão transmitiam ao espaço uma harmonia volumétrica. A contemplação do plano inclinado, do primeiro balcão (que terminava em duas consolas) e da ondulação sucessiva dos remates das duas varandas laterais do segundo balcão só poderia ser feita junto ao palco.
Ambos os foyers tinham uma decoração sóbria e elegante e as patines do chão pavimentado jogavam com luz, com a sua ausência e com a disposição do mobiliário. No primeiro foyer funcionava um bar destinado às elites. As mesas, feitas em madeira e ferro, moldavam suavemente o ambiente desse espaço vestibular. Existiam outros efeitos decorativos realizados através do mobiliário. Salienta-se que o palco neste novo projecto foi reduzido para proveito da plateia, não hipotecando, porém, as suas funções teatrais e adaptando-se perfeitamente ao écran de cinema.
Acrescente-se que todo o mobiliário e decoração foram da responsabilidade do Arqt.º Amílcar Pinto. A sua lotação previa acomodar 1400 espectadores, divididos pela plateia, 2 ordens de balcões, camarotes e frisas.
A nova sala foi inaugurada em 1938 e na época a revista "Arquitectura Portuguesa" classificou-a como uma obra perfeita, relativamente às suas funções cinematográficas e teatrais, como também do ponto de vista acústico. Na construção de um cinema, ou cine-teatro, a disposição da sala e a sua orientação em relação ao público, assumia-se claramente, como o centro de toda a actividade arquitectónica, equilibrando exigências de espaço, soluções técnicas e valores estéticos.
Muitos autores consideram este edifício um exemplo do "modernismo radical", influenciado pela corrente holandesa De Stijl, sendo a fachada dominada pela curva dinâmica do cilindro central que impõe uma nova verticalidade ao edifício. A Arte Deco encontra-se patente nos pormenores estruturais e decorativos da fachada e da decoração de interiores, nomeadamente na modelação dos estuques no interior da sala de projecção; no revestimento inferior dos camarotes e frisos, que sugeria o movimento ritmado de ondas; no projecto de iluminação, que empregava vidros opalinos modelando a luz das lâmpadas de néon, estrategicamente colocadas pela sala.
Com cara lavada e corpo reconstruído, o público (que vinha de vilas próximas e até mesmo de Lisboa) acorria a este espaço para sobretudo ver teatro de revista. A partir da década de 1940, passaram por ali grandes nomes do teatro português, como também estrearam-se filmes influenciados pela ditadura, como por exemplo Um Homem do Ribatejo de Henrique Campos.
Este espaço foi um ponto de encontro de muitas gerações escalabitanas e as suas paredes ruinosas guardam memórias da história da cidade, como também dos seus habitantes. Também serviu de espaço para as campanhas eleitorais de Norton de Matos e de Humberto Delgado, para além de albergar as conspirações contra a ditadura.
Autoria: Ivo Costa |
Em 1992, este espaço foi classificado de Imóvel de Interesse Público, deixando de funcionar definitivamente em 1999. No entanto, foi utilizado extraordinariamente em 2001 para albergar um concerto de Maria João e Mário Laginha.
Em 2004, o Clube de Santarém cedeu o edifício a um empreiteiro em troca de lotes de terreno no concelho vizinho de Almeirim, decisão esta que foi contestada pela Câmara Municipal de Santarém e que se encontra a aguardar decisão judicial...ainda.
No entanto em 2007 o espaço ardeu parcialmente durante algumas horas, o que arruinou definitivamente a sua decoração interior. Contudo a sua estrutura em betão, como também a fachada mantém-se impávidas perante a população, à espera de uma recuperação merecida e digna.
Logo a seguir a este lamentável acontecimento, o Movimento de Cidadãos "Santarém 21" manifestou perante as entidades responsáveis a sua indignação, devido à não-implementação de medidas que impossibilitassem a entrada de intrusos no teatro, um edifício considerado de interesse público, de modo a evitar a sua destruição. Na opinião deste grupo, era necessário tomar medidas urgentes para salvaguardar as estruturas do edifício que resistiram ao incêndio, de modo a possibilitar a reconstrução do mesmo.
O mesmo movimento lamentou que este teatro, possuidor de um passado cultural riquíssimo junto da população de Santarém e localizado numa zona nobre do centro histórico da cidade, tenha chegado a um triste estado de abandono e sem qualquer perspectiva de recuperação.
Noras, José R., Amilcar Pinto: Um Arquitecto Português do Século XX, Coimbra, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 2011
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_Rosa_Damasceno
http://www.oribatejo.pt/memorias-de-um-teatro-cinema-o-teatro-rosa-damasceno-pertence-ao-povo/
http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4607
http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/71255/
http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=cc84a0ff-bd17-4a8f-87c1-c3657cb68acc&edition=77
http://lugaresesquecidos.com/forum/viewtopic.php?f=13&t=996
http://santaremhistorico.blogspot.pt/2009/07/teatro-rosa-damasceno.html
https://www.flickr.com/photos/ivocosta82/6224215945/in/dateposted-public/
Como autor de uma das fotos neste artigo agradecia que o local de onde retirou a foto seja referido.
ResponderEliminarAqui esta um link para a mesma foto
https://www.flickr.com/photos/ivocosta82/6224215945/in/dateposted-public/
A licensa aplicada a foto esta indicada na pagina
Agradeço o seu reparo e vou incluir o link que providenciou, por forma a salvaguardar os direitos da imagem.
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