Monumental- O "Gigante" dos anos 50

O Monumental e o seu nome diz tudo: grandeza, imensidão, colossal...um enorme ponto de referência de Lisboa, mais concretamente na Praça do Saldanha, onde existiu durante largos anos.

Cinema Império - Outro "Gigante" Lisboeta

Em Maio de 1952, seria inaugurado o Cinema Império, localizado na Alameda D. Afonso Henriques, que contou com as presenças de diversas individualidades importantes da altura.

EDEN - O "GIGANTE" dos Restauradores

O novo Éden Teatro foi inaugurado em 1937 com a apresentação da peça "Bocage", interpretada pelo actor Estevão Amarante, numa cerimónia memóravel presidida pelo Chefe de Estado, o Marechal Carmona.

Cinema Vale Formoso: Para quando a sua reabilitação?

Entre as décadas de 1950 e 1970, este cinema (a par de outros como o Júlio Dinis, Terço, Passos Manuel, etc.) foi considerado como uma das salas de referência da cidade do Porto, tendo sido explorado pela Lusomundo.

Águia De Ouro - Clássico do Porto

Em 1930 viria a inaugurar-se o cinema sonoro com o filme All That Jazz com Al Jolson. O Águia d'Ouro seria então considerada uma das melhores salas do Porto.

25.10.13

Primeiro poster dos CBA 2014



O primeiro poster oficial alusivo aos Cinema Bloggers Awards 2014 foi revelado!

Mais novidades em breve neste link:  http://cinemabloggersawards.blogs.sapo.pt/

Teatro Carlos Alberto: mais um cinema renovado

Doze anos se passaram entre o incêndio do Real Teatro de São João (1908) e a entrada em funcionamento do novo Teatro de São João (1920), o que permitiu que outros teatros portuenses realizassem obras de melhoramento, competindo entre si para ocupar temporariamente o lugar do único "teatro de primeira ordem" da cidade.
O Teatro Carlos Alberto, inaugurado em 1897 e localizado na Rua das Oliveiras, foi um deles.  A sua designação advém do rei da Sardenha que morreu exilado no Porto em 1849, e que tinha sido acolhido no Palacete do Barão do Valado, onde o teatro foi edificado por iniciativa de Manuel da Silva Neves. Era um espaço essencialmente de cariz popular, que apresentava espectáculos como o "circo dos cavalinhos", operetas, teatro ligeiro e cinema.



















Durante muitos anos este espaço exibiu cinema, transformando-se num espaço "chunga" pouco conveniente para jovens e senhoras, onde muito acontecia quando as luzes se apagavam. Contudo tinha um aliciante principalmente para os estudantes universitários da zona, que por pouco dinheiro conseguiam ver dois filmes, geralmente uma "coboiada" e uma comédia ou policial, variando conforme a programação. 






No final da década de 1970 este espaço foi alugado pela Secretaria de Estado da Cultura, e em 1980 abriu portas como Auditório Nacional Carlos Alberto passando a acolher uma programação mais diversificada, até ser encerrado em 2000 com uma festa chamada DesANCA - Destruição Sistemática do Auditório Nacional Carlos Alberto



Em 2001, este edifício seria adquirido pela Sociedade Porto 2001 devido à aproximação do evento "Capital Europeia da Cultura".
Este espaço seria remodelado com o projecto do Arqt.º Nuno Lacerda Lopes, que pretendia reformular, readaptar e inovar o edifício  conferindo ao mesmo um carácter único no meio dos restantes espaços teatrais existentes no Porto, oferecendo assim um espaço aberto à experimentação de novas performances cénicas e de representação teatral.



Esta obra contemplou o aumento do volume do edifício  criando-se melhores áreas de organização interna do mesmo, para além de permitir o desenvolvimento de um programa funcional mais completo. Foi construído um auditório  que permite diversas formas de representação e utilizações, como o teatro à italiana, anfiteatro, sala circular com palco de localização variável, etc. Também houve a preocupação de dotar este espaço com um conjunto de áreas que respondessem às mais diversas solicitações, reorganizando todas as zonas subaproveitadas e reforçando assim a sua importância como casa de espectáculos contribuidora de actividades culturais na cidade do Porto.




Este projecto pretendeu criar espaços acentuadamente verticais que se confrontam com outros horizontais, propondo corpos com materiais opacos e sólidos em oposição à transparência e desmaterialização de outros. O palco e a plateia confundem-se e os espaços perdidos, transformados em foyers, funcionam como uma extensão de uma rua antiga e estreita que nesse interior se transforma em praça. Foram utilizados diversos elementos, desde o corpo em madeira da administração, à caixa de vidro para a vivência pública e ao paralelepípedo de betão (que assegura a circulação vertical pela caixa do elevador) que contribuem para a intersecção da linguagem arquitectónica com a expressão cenográfica. Após um processo atribulado de avanços e recuos, o novo Teatro Carlos Alberto foi inaugurado em 2003.







Fonte:
http://www.tnsj.pt/home/teca/index.php?intID=7&intSubID=11
http://escape.expresso.sapo.pt/teatro-carlos-alberto-10703
http://www.cnll.pt/blog/index.php/works/teca/?lang=pt
http://casoseacasosdavida.blogspot.pt/2010/12/memorias-de-outros-tempos-cinema-carlos.html
http://opsis.fl.ul.pt/Infographic/Index?SmallDescription=teatro%20carlos%20alberto&pageIndex=1

24.10.13

TCN Blogger Awards 2013 - Nomeação Artigo de Cinema




Meus caros visitantes




O artigo A difícil arte de ver cinema no Séc. XXI publicado neste blogue, foi nomeado para o prémio de melhor artigo de cinema nos TCN Blog Awards 2013, um evento promovido pelo blogue Cinema Notebook e o Take Cinema Magazine, cujos prémios serão entregues no dia 21 de Dezembro em Lisboa.
A votação está a ocorrer e se quiserem votar, basta ir a este link: http://cinemanotebook.blogspot.pt/, na barra lateral à direita, procurar a categoria de Artigo de Cinema e votar na 1ª opção: A difícil arte de ver cinema no Séc. XXI.  A votação prolongar-se-á até dia 7 de Dezembro.

Vamos ajudar a promover este blogue...ele bem merece!

7.10.13

A Difícil Arte de Ver Cinema no Séc. XXI



Há já algum tempo que a experiência de ir ao cinema deixou de ser mágica para mim, apesar da qualidade e da espetacularidade existentes nas atuais salas de exibição. Ok, as salas podem ser mais confortáveis (apesar de se assemelharem a caixotes); a qualidade da projeção pode ser infinitamente superior; o sistema sonoro pode ser bombástico, mas falta algo…falta a tal magia do espetáculo que encantou gerações durante décadas.
Atualmente uma sessão de cinema é dirigida ao coletivo e a experiência vivida acaba por ser extremamente turbulenta e pouco aproveitável. Não é confortável assistir a um filme e ouvir o barulho dos “ruminantes” a mastigar pipocas; não é confortável ver os “pirilampos” a invadir a sala escurecida durante a exibição do filme; não é confortável lidar com os diálogos ruidosos de muitas almas inquietas que deveriam estar silenciosas enquanto visionam o filme. Concluindo…sinto que estou numa selva sempre que vou ao cinema. 
Antigamente ir ao cinema era uma experiência prazerosa, quase inesquecível, independentemente da qualidade do filme em exibição (muitos deles eram simplesmente abomináveis). Atualmente, para além da turbulência dentro da sala, o próprio filme é uma enorme turbulência graças aos fantásticos e inacreditáveis efeitos especiais. Mas…onde está a história capaz de cativar o coração? Onde está a gargalhada produzida pela piada e humor? Onde está a lágrima que se derrama perante a dor e o sofrimento? Onde estão os sentimentos? Pois…vão aparecendo raramente.
Há muitos anos atrás, a cidade de Lisboa estava repleta de salas de cinema de referência, como o Condes, Éden, Tivoli, São Jorge, Castil, Mundial, Monumental e o seu SatéliteApolo 70, Berna, Império e o seu Estúdio, Roxy, Londres, Roma, Vox, Alvalade, Estúdio 444Caleidoscópio, Pathé, Cinearte, Europa, etc. Contudo estas salas já se encontram há muito encerradas, tendo sido substituídas por outras inseridas em centro comerciais que, embora mais confortáveis, não possuem metade da mística destes referidos espaços.
Lisboa pode gabar-se de ter tido grandes salas de cinema (estou a referir-me às suas dimensões) que, devido à sua monumentalidade, deixavam qualquer pessoa em suspenso. Estas salas conseguiam algo que as atuais salas não conseguem…convidar o público a viver a magia da 7ª arte de uma forma absoluta. Para além de exibirem filmes, estas antigas salas também exibiam outros espetáculos que deslumbravam pela grandiosidade do seu espaço. Sim…é importante referir o interior destas antigas salas de cinema. Muitas possuíam plateia, balcão e camarotes, com bilhetes a preços irrisórios que variavam entre os 12$50 e 25$00 conforme o local escolhido. Atualmente as salas parecem caixotes, sem qualquer tipo de arquitetura que chame a atenção e com preços elevadíssimos que podem ir até aos 6€ (1.200$00), o que é simplesmente criminoso. Pagar uma quantia tão elevada para não sentir a magia do cinema é crime…pelo menos para mim! Onde estão os cortinados espessos e longos que se abriam e fechavam no início e final da exibição do filme?! Onde está a magia do cinema?!
Outro pormenor interessante que diferencia as antigas salas de cinemas das atuais é a própria programação que possuíam. Noutros tempos os filmes não estreavam em todas as salas de cinema, o que conferia a cada espaço a sua importância e identidade. A época das estreias cinematográficas era uma verdadeira azáfama com intermináveis filas nas bilheteiras, sendo por vezes necessário adquirir os bilhetes com alguma antecedência. Houve casos memoráveis como as sessões esgotadas para ver A Torre do Inferno no Cinema Tivoli, o Tubarão no Cinema Éden ou até mesmo Encontros Imediatos de Terceiro Grau no Cinema Império. 
Antigamente, a nova temporada estreava filmes de qualidade que faziam longas carreiras de exibição em diversos cinemas lisboetas. Quem não se lembra do Kramer contra Kramer com treze semanas de exibição? Era uma vez na América e Musica no Coração com um ano de exibição? A última vez que se assistiu a tamanho caso de popularidade foi em 1995 com o filme O Carteiro de Pablo Neruda com mais de um ano em exibição no Cinema Mundial!
Outrora a estreia de um filme era um acontecimento importante…mesmo que fosse um clássico da Disney! E era bonito de ser ver os foyers dos cinemas enfeitados com os cartazes dos filmes…convidavam as pessoas a entrar no mundo mágico do cinema. Pelo menos para mim é uma das mais vívidas memórias da minha infância…passear por Lisboa e contemplar com espanto esses enormes cartazes. Onde estão esses cartazes atualmente?!
As antigas sessões de cinema eram bastante concorridas (numa época onde o vídeo, dvd e blu-ray eram conceitos desconhecidos) possibilitando assim a socialização, com as pessoas a conversarem animadamente com o vendedor de bilhetes…o que não acontece atualmente. Assim que se entrava para a sala, o espectador recebia um programa grátis onde eram explanados alguns dados sobre o filme em exibição, como também comentários críticos sobre o mesmo. Atualmente o espectador vislumbra alguma informação sobre os filmes em pequenos folhetos, facilmente esquecidos. A sessão iniciava-se com um magazine de atualidades, desenhos animados e/ou documentários, como também a apresentação das 
próximas estreias cinematográficas. Atualmente o que se vê? Um enorme desfile de anúncios publicitários sobre telemóveis…está tudo relacionado, certo? Antigamente, uma sessão de cinema poderia ter dois intervalos e estes serviam para reforçar a interação entre as pessoas, especialmente quando elas visitavam o bar para tecer comentários sobre os filmes. Atualmente uma sessão só tem um intervalo, que serve exclusivamente para as pessoas enviarem mensagens ou verem o Facebook pelo telemóvel.

Onde está a magia do cinema?! Como posso redescobrir aquele sentimento fervoroso que outrora tive pela 7ª arte?! Quando é que posso voltar a ver bom cinema?!

Tantas perguntas para tão parcas respostas.


6.10.13

14ª Festa do Cinema Francês de 10 de Outubro a 10 de Novembro de 2013



Vai começar na próxima quinta feira a 14ª edição da Festa do Cinema Francês, evento que durará um mês e que percorrerá várias cidades do país como Lisboa, Almada, Coimbra, Beja, Faro, Guimarães e Porto.

Deixo-vos link para mais informações: http://festadocinemafrances.com/14a/